Se o som da minha infância tivesse nome e sobrenome, seriam os seus. Mamãe, uma regueira que não frequentava clubes nem shows do gênero, fazia a própria festa sozinha, à noite, no fim de semana, pra relaxar duma semana de trabalho, ou de manhã cedo, pra embalar o começo das tarefas domésticas.
Acho que o bairro todo sempre soube desse costume e eram, sem querer, parte do ritual, já que o volume do som lá de casa facilmente alcançava vários dos nossos vizinhos.
O tempo passou e o hábito permaneceu. Se pequena eu aprendi a dançar suas músicas agarrada na cintura da minha mãe, hoje eu não só passo dela em tamanho como a levo ao tributo que todo ano rola em São Luís.
Lembrar de você e da sua musica é como lembrar dum tio mais velho, um parente gente boa que já não anda assim tão presente, mas que é sempre bem recebido quando aparece.
Que você continue sendo nossa companhia constante e, quando receber, me avisa.
Beijos,
Bel
Lendo as cartas e adorando. Essa coisa de som alto é bem infância mesmo e como marca a gente.
ResponderExcluirSalve Bob!
Que bom que você está curtindo, Mayara!
ExcluirSom alto é alegria da gurizada né hahaha
Salve Bob!