sexta-feira, 18 de julho de 2014

querida mãe,

Hoje acordei, rodei a casa toda e, por fim, abri o quarto do Jota perguntando: "mamãe fugiu?". Nem tinha dado 8h30 ainda. Achei que tu estivesse chateada por ser teu aniversário e que àquela hora ninguém tinha acordado. Mas veja bem, meu quarto é muito escuro e meu sono essa noite foi pesado.

Daí que a gente ligou, tu não atendeu e eu fui para a pia lavar a louça putaça da vidaça por tu teres saído deus sabe para onde tão cedo. Bom, pelo menos deu tempo de deixar as coisas em ordem para o café. Minha pequena vingança pelo abandono foi passar o café. Mas como hoje é teu aniversário, tentei pegar leve e coloquei o pó em fogo baixo e esperei a água ferver de novo, como tu faz. Ficou aquele chá maravilhoso de café. Te livrei de ficar com azia o dia inteiro, pelo menos.

Bom, vovó não está mais aqui, mas ela está sempre com a gente. Acho que não precisava ter ido ao cemitério tão cedo. Poderia esperar e iríamos todos nós, como sempre tem sido.

Quando receber meus parabéns, avisa. Feliz aniversário! 

Te amo,
Carol.


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