segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

querida amiga que decidiu largar a faculdade e prestar um novo vestibular,

Não sei se tudo que eu queria te dizer hoje cabe nesta cartinha, mas eu prometo tentar. Em primeiro lugar, parabéns por ter alcançado o seu objetivo! Em segundo, prometo que não vou dizer que eu já sabia, pois eu não sabia não.

Durante todo o ano de 2013, desde que você entrou de vez na minha vida, eu acompanho a sua luta. E luta é uma palavra que não está sendo usada aqui aleatoriamente. Pois eu também sei o que é bater o pé e decidir que você quer dar novos passos da sua vida em outra cidade. Eu sei o que é tentar explicar para os outros que você não mudou de ideia em relação a algo porque o seu primeiro plano não correu exatamente como você imaginava. Eu também sei o que é tentar se convencer de que tomou a  decisão certa e não se deixar abater por algumas falhas. 

É por isso, que, mesmo nunca duvidando da tua capacidade, eu não sabia. Eu sei que a essa altura tu já sabes que tem muitas coisas que não dependem só de nós. E por mais que eu sempre estivesse confiante e percebesse que o teu tempo estava chegando, eu tinha tanto medo de que algo desse errado! Não deu! 

Nossa, e eu acho que me sinto como uma mãe. Sabe, acho que agora entendo o que é torcer tanto por alguém. Quando eu escutei o teu grito de felicidade, por dentro eu fui só alívio! Você passou... por isso. Sei que é só o comecinho, mas não dá uma alegria de pensar que a vida que a gente escolheu vai começar?

Acho que essa carta pode entrar na lista das piores cartas de felicitações. Mas você deve me entender. Só agora está dando para inspirar fundo.

Quando receber, me avisa e vê se me ajuda a fazer umas homenagens mais legais,

Te amo,
Seane.




segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

querido carnaval,

Quando receberes esta carta, provavelmente estarei em teus braços. Quero que saibas que eu te adoro desde a maternidade. 

Esse ano estarei mais uma vez com meus amigos queridos nas ladeiras de Olinda, passando perrengue com o calo, frevando banhada de suor e cerveja.

Me receba com amor reciproco, pois chegarei de braços abertos para o teu abraço.

Com amor,
Carolina

sábado, 14 de fevereiro de 2015

querido Charlie Brown,

Neste Valentine's Day, você ganhou uma cartinha! Desculpa pela falta de glitter e de corações estampados por toda a tela, eu até saberia fazer isso em uma cartinha de papel, mas pelo computador fica um pouco mais complicado.

Gostaria de dizer que eu sou a garotinha ruiva, mas a verdade é que tenho o cabelo preto e você provavelmente nunca me notou. Nunca te mandei uma cartinha antes porque nunca dei muita bola para essa data comemorativa. E achava que você não deveria dar também.

Mas esse ano foi diferente. Devo estar assinando muitos canais gringos nos quais as pessoas estão fazendo contagem regressiva e planos de comemoração. Não sei... Mas ao pensar em para quem eu abriria meu coração neste dia 14, eu só pensei em você.

Se você não fosse um personagem fictício, eu pediria para você ser o meu Valentine. Como não é o caso, escrevo uma cartinha para desejar muito amor a todas as pessoas que se sentem solitárias ou pouco apreciadas ainda que sejam incríveis e tenham qualidades para dar e vender. Desejo que você encontre alguém (pode até ser uma outra garotinha ruiva) e que o afeto entre vocês seja recíproco. Que ela seja a pessoa que escreverá todas as muitas futuras cartinhas de Valentine's Day que você receberá.

Quando receber, mostra pro Snoopy que você também ganhou cartinha e me avisa.

Love,
Seane.







quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

queridos alimentadores de pombas,

Acho que vocês ainda não perceberam, mas as pombas não precisam de nenhum tipo de ajuda para procurar comida.

Então, apenas parem de alimentá-las! Guardem o pão velho para fazer torrada ou farinha de rosca e economizem o dinheiro do milho/alpiste/sei lá o que é aquilo. Pensem bem, além delas não precisarem de ajuda, a rua fica um bocado suja com os restos de comida que elas largam no caminho.

E mais, já estou cansada de me assustar com pseudo-ataques de pombas (me sinto quase em Os Pássaros) quando um bando delas voa na minha direção indo atrás da comida que algum alimentador acabou de jogar por perto.

Quando receberem, me avisem. E parem!

Com meus melhores cumprimentos,
Mariana.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

querido Pavê de Cupuaçu do Sesc Consolação,

Hoje foi a primeira vez que eu te disse não! E, infelizmente, não será a última. 

Escrevo essa carta para dizer que ainda te amo. E que não está sendo nada fácil trocar você pela Seleção de frutas da época simples. Não, não insista. Não faça essa cara de "tenho uma camada deliciosa de chocolate pra te deliciar". E nem tente me lembrar que o cupuaçu é uma das grandes lembranças da culinária do meu estado natal.

Estou cansada de saber que você é a melhor sobremesa do Sesc Consolação (quiça de todos os Sesc's desse meu Brasil!), mas a nutricionista me alertou para a necessidade de levar a sério minha intolerância à lactose. E nós temos que acabar por aqui.

Por favor, não pense que é algo pessoal. Já disse que ainda te amo?

Quando receber, me perdoa e me avisa!

Abraços,
Seane.




quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

querida culinária portuguesa,

Você é luz, é raio estrela e luar e, infelizmente, vai muuuuito além do bacalhau.

Infelizmente porque bacalhau nunca esteve no meu TOP 5 e se você se resumisse a isso, eu estaria passando muito menos vontade. Mas não. Cada dia é uma descoberta, uma coisa deliciosa aqui um queijinho ali, um docinho acolá...

E, magra-gorda que sou, adoro tudo. Só que agora, penso duas vezes antes do segundo prato... alguns quilinhos a mais têm aparecido desde que vim pra cá e, sabe como é, melhor garantir uma sobremesa na mão do que o segundo prato voando (oi?).

Se eu recusar um segundo prato ou comer uma porção menor, não fica triste. É pro nosso bem: pra eu continuar cabendo nas minhas roupas e poder aproveitá-la sempre, nem que seja de pouquinho em pouquinho, ok?!

Quando receber, me avisa. E, por favor, continue sendo maravilhosa.

Um beijo grande e um abraço apertado,
Mariana.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

querida vida de rica,

Ainda não me mostrei merecedora?!

Porque olha, o tanto que eu ralo, que eu freelo, que eu piro, já deu tempo,  né.
Acho 25 anos uma idade ótima,  momento perfeito entre vivi algo mas não muito e vivi o suficiente pra ter prioridades. No meu caso, ter um canto e viajar todo ano, apenas isso.

Vê, nem sou exigente.

Apressa as coisas aqui pra amiga, vai. Já deu de fazer tanta conta.

Quando receber, transfere pra minha conta e me avisa.



Beijo,
Bel