terça-feira, 29 de dezembro de 2015

querido Mestrado,

ACABOOOOOU! É TETRA!

Não se ofenda, mas quando que penso em você, essa é a primeira coisa que me vem à cabeça.

Depois, os dois anos que eu passei em sua companhia. Vim para Lisboa por sua causa, mas não só. Agora tenho um título de mestre, mas não só.

Fortaleci amizades antigas (olá, companheiras de blog ), fiz novos amigos, um amor, viajei, fiquei (mais ou menos) íntima da máquina de lavar e do fogão, chorei, ri, aprendi... cresci. Agora é hora de partir para a próxima.

Não fica com ciúmes se eu decidir fazer um doutorado (brinks!).

Quando receber, me avisa. E obrigada por tudo.

Beijinhos,
Mariana.



quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

querida Lua em Câncer,

Me falaram que você pode acabar com o Natal esse ano e queria te pedir que não. Não vem com essa história de deixar todo mundo com as emoções à flor da pele. Cê sabe que a última coisa que a gente precisa diante das perguntas dos parentes é isso.

Dá uma avaliada aí nessa história de influência astral para ver se não dá para converter essa sensibilidade apenas em uma sensação de bem querer pelo outro. Imagina que lindo todo mundo se abraçando e desejando Feliz Natal sem querer saber se você não vai encontrar um emprego melhor, se a prima não vai parar de namorar quantas pessoas ela quiser, se a tia vai ter outro filho ou se o primo vai sair do armário.

Na verdade, até gostaria que você pensasse com carinho em uma sugestão. Aproveita essa sua fama de ser um signo família e toca o coração dos meus tios e primos. Mostra pra eles que não tem nada a ver isso de só querer colaborar com a bebida e, principalmente, que não faz nenhum sentido as mulheres ficarem responsáveis pela louça suja de mais de 20 pessoas.

Desculpa por essa falta de espírito natalino, mas sabe como é, a gente fica preocupada.

Quando receber, me avisa e tenta não levar muito pro lado pessoal.

Abraços,
Seane.


terça-feira, 22 de dezembro de 2015

querido Milhas,


Nem sei como agradecer por tudo até agora. E nem como contar que não vai adiantar de nada nesse fim de ano.

Estou super feliz de finalmente ter deixado de ser mão-de-vaca e resolvido investir numa assessoria esportiva como a de vocês, que são referência nisso por aqui. Com a rotina espartana de vocês, consegui perder 5kg (!!) em menos de dois meses e sem nem abrir mão da cerveja.

O lance é que, no fim do ano, não dá pra viver de salada e proteína magra quando panetones, arroz sem passas, bolos, lombos de porco e perus de todo tipo estão dando sopa em cima da mesa, fora as confraternizações que rolam desde o início do mês e já levaram minha vontade de ser saudável embora.

Então acho que logo reencontrarei aqueles quilos que deixei no início do mês e do texto e voltarei para o nível zero. Mas, olha: em janeiro, juro (eu e milhões de pessoas) que a gente bota essa sanfona pra funcionar e perde de novo, pra ganhar depois no Carnaval...


Não guarde mágoas que a época é de amor e, quando receber, me avisa.

Beijos,

Izabel



quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

querida Ste,

Na segunda-feira, quando recebi talvez a pior notícia desse meu 2015, eu anotei na cabeça que a carta dessa semana seria pra ti. Desculpa confessar isso, mas eu não lembrava que a data em que a minha carta iria ao ar coincidia com a data do teu aniversário. E, ainda assim, as casualidades da vida se combinaram da melhor maneira.

Se você ficou curiosa para saber porque eu queria te endereçar uma carta no momento em que me senti mais triste, eu te conto. Em alguns momentos da nossa vida, em que as coisas vão dando errado e você olha para o lado e tem a impressão de que só estão dando errado para você, considero até normal cair em uma certa autocomiseração. Ou, pelo menos, considerava. Mas, lendo o teu blog e convivendo contigo e nossos amigos em comum, descobri que tinha algo, nessas ocasiões, muito mais produtivo e saudável: se alegrar pela felicidade dos outros.

Posso estar distante agora, amiga, e, eu que já mudei demais, sei como a distância priva a gente dos momentos mais bobos das relações pessoais. Ela faz a gente ir criando critérios de noticiabilidade nas conversas que acabam alterando a periodicidade. Mas te dedico essa carta para dizer que sou grata pelo que aprendi contigo e que juro de pé junto (apesar de não fazer ideia de qual a influência dos pés em um juramento) que sempre estarei torcendo pela tua felicidade e vibrando pelas tuas conquistas.

Quando receber, me avisa e me conta se o abraço não chegou extraviado.


Feliz Aniversário,
Seane.

stamp swan

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

querido 2015,

Você foi sal. Esteve no meu suor do trabalho novo, no sabor de um novo recomeço, no cheiro da minha cidade.

Esteve no mar de todas as cidades que visitei, nas peles que lambi. 

Esteve nas lágrimas que molharam meu rosto e o rosto dos meus. Água salgada do destino que trai, do projeto que não vai, da situação que faz a chorar de rir. 

Esteve quarado do calor dos abraços.

O sal esteve na dor e na cura de tudo e, na verdade, também esteve em todos os anos. Não sei se quero que 2016 seja doce. 

Quando receber, me perdoa a cafonice de sempre, e me avisa.

Abraços,
Carolina.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

queridos recalques,

Decidi que preciso enfrentá-los! Estou enviando essa carta apenas para alertá-los. Vou parar de reclamar para os meus amigos. Vou parar de achar que não é problema isso de nem saber mais o que sinto. Vou procurar um analista.

Eu sei o que vocês pensam a respeito disso. "Bobagem, menina. Cê tá ótima! Tem gente tão pior! O que uma mocinha branca, classe média, com pós-graduação pode ter de problema na vida?". Também sei que eu mesma já achei que poderia resolver qualquer coisa que tivesse que ser resolvida sozinha.

Mas adivinhem só? Não consigo! E nem sei se deveria estar me explicando tanto para vocês... De toda forma, não vou me alongar, pois ainda preciso escrever a carta pedindo para a minha mãe me ajudar a pagar essa terapia.

Quando receberem, tentem me avisar, não guardem mais isso só para vocês. 

Abraços,
Seane

stamp freud psicanalise



terça-feira, 1 de dezembro de 2015

querida esperança,

Diga aos penúltimos que eu tentei. Se não demonstrei gana, desejo, foi do momento. Força e vontade às vezes se escondem da vaidade. Somos feitos dessas águas e óleos equilibrados pela fé. 

Às vezes a gente balança, tudo parece ter misturado, mas a gente aquieta uma hora. Repousamos novamente sob o teu reino. Seguimos, calculamos melhor o passo. Continuamos tentando.

beijos,
Carol.