terça-feira, 19 de janeiro de 2016

querida natação,

Nunca imaginei que faria de você uma rotina. A força para me montar inteira de acessórios e cair na água todos os dias vem da sensação de liberdade de um quase voo diário. Tudo bem que voar deva cansar menos, mas o cansaço é a respiração se ampliando e entrando nos eixos. 

É também a marcação de um compasso do corpo: as pernas pápápápá acelerado, os braços vão de pápá mais suave no acompanhamento, a cabeça distribui as bolhinhas do sopro num solo livre, de acordo com a necessidade do pulmão, e o corpo desliza impulsionado como uma boa canção. Tudo isso no silêncio da água, no pensamento em tela de descanso. 

Quando receber, denuncie o xixi na piscina, e me avisa. 

Beijos,
Carol.

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