segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

querida insônia,

Vamos direto ao assunto porque eu não ando com paciência para floreios com quem tem como missão de vida me tirar o sono: eu não te aguento mais!

Você não foi convidada, não é desejada, não é amiga de ninguém desta casa, mas, ainda assim, insiste em ficar e - pior! - em passar a noite por aqui. Tudo tem limite e a sua inconveniência anda no topo da lista.

Para de forçar uma intimidade, eu não quero passar a noite conversando contigo; eu quero dormir profundamente e acordar linda e fresca e não com a sensação que fui atropelada por uma jamanta. 

Quando receber, me avisa desaparece de uma vez por todas.

Um chute na bunda,
Mariana.



quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

querido fevereiro,

Mais uma vez estamos aqui, nós dois. Quando você chega, sempre traz a esperança de, pelo menos por um dia, a saudade não matar a gente, como diz a música lá. Esse ano, a saudade vai pesar um pouco mais ali por onde o frevo canta mais alto. Mas é preciso a cura total dos males da alma, e a contrapartida da saudade é fé em reencontros calorosos.

Mando notícias na quarta de cinzas.

Quando  receber, me avisa.

Com amor,
Carol